Nossas teses: Os juros sobre juros
Tese 1: Existem várias fórmulas para cálculo do valor da prestação.
Existem várias fórmulas para, em contratos de mútuo, calcular uma série uniforme de prestações mensais iguais e sucessivas, com cada prestação sendo composta de uma parcela de juros e uma parcela de amortização, com o valor total sendo quitado ao final do período.
Tese 2: Algumas dessas fórmulas usam juros simples, outras usam juros compostos.
A diferença é que nas que usam juros compostos o valor da prestação e o valor total dos juros são maiores, decorrente dos juros sobre juros que são pagos pelo mutuário..
Tese 3: O valor total dos juros em cada contrato é determinado pela fórmula de cálculo do valor da prestação.
O montante (valor total a ser pago pelo mutuário) e o valor total dos juros do contrato são decorrência direta da fórmula de cálculo do valor da prestação.
Exemplo:
Empréstimo de R$ 1.000,00, a ser pago em 10 prestações mensais de valor fixo, a determinada taxa mensal (x%).
A fórmula de cálculo do valor da prestação dá como resultado por exemplo R$ 150,00.
Independente de qual fórmula tenha sido utilizada e independente de se é fórmula de juros simples ou de juros compostos, temos como decorrência direta:
-
Montante: R$ 1.500,00
-
Valor total de juros: R$ 500,00.
Operações seguintes, como a tabela de evolução do saldo devedor e o fluxo de caixa descontado, não calculam juros.
Apenas distribuem o valor total de juros previamente calculado pela fórmula.
Tese 4: É possível identificar quanto o mutuário paga de juros sobre juros.
Analisando o processo de formação dos juros, mês a mês, é possível identificar quanto o mutuário paga de juros sobre juros em cada prestação e no contrato como um todo.